NOVO MEDICAMENTO TRAZ ESPERANÇA PARA IDOSOS QUE SOFREM COM A DIFICULDADE PARA ENXERGAR
O tratamento com o aflibercepte pode ser feito por idosos que apresentam a degeneração macular relacionada à idade, doença que afeta entre 25 e 30 milhões de pessoas no mundo.
Acaba de chegar ao mercado brasileiro um novo tratamento para a Degenera- ção Macular Relacionada à Idade (DMRI) na forma úmida: o Eylia® (aflibercepte), desenvolvido pela Bayer HealthCare Pharmaceuticals em conjunto com a Regeneron Pharmaceuticals.
A DMRI é uma doença associada ao envelhecimento que reduz gradualmente a visão central, que é justamente aquela que confere nitidez e fixação das imagens. Apesar da falta de conhecimento sobre a DMRI, esta doença é a primeira causa de cegueira em pacientes de 50 anos ou mais em países industrializados1 e afeta entre 25 e 30 milhões de pessoas em todo o mundo2.
O novo medicamento combate a DMRI úmida, a forma mais séria e grave de DMRI, que se caracteriza pelo crescimento anormal de vasos sanguíneos, os quais pro- duzem extravasamento de sangue e fluído na mácula (parte da retina responsável pelo foco na visão). A DMRI úmida é associada a uma deterioração na qualidade de vida, isolamento social, depressão clínica, aumento do risco de acidentes como quedas e fraturas de quadril e a uma entrada prematura nos centros médicos.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que a DMRI úmida afete 3 mi- lhões de pessoas em todo o mundo, representando 8,7% de todos os casos de cegueira e 50% dos casos de cegueira em países industrializados. As projeções da OMS duplicam esta cifra para o ano de 2020, à medida que a população dos países industrializados envelheça.
Eylia® é o primeiro medicamento da Bayer – que este ano completa 150 anos de existência no mundo – na área de oftalmologia e já está aprovado em diversos países, incluindo Estados Unidos, Austrália, Colômbia, Suíça, União Europeia, Japão e também o Brasil. O medicamento foi aprovado após a conclusão dos estudos clínicos pivotais VIEW 1 e 2. O primeiro estudo foi realizado na América do Norte (EUA e Canadá) e o segundo na União Europeia, América Latina e Ásia. Ambos os estudos recrutaram mais de 2.400 pacientes avaliando a segurança
e a eficácia do aflibercepte no tratamento da degeneração macular relacionada à idade em sua forma úmida. Nestes estudos, todos os braços de aflibercepte atingiram o resultado de não-inferioridade em comparação com o tratamento padrão atual, o ranibizumabe.EYLIA® É UM MEDICAMENTO BIOLÓGICO
Conhecido como anti-VEGF, Eylia® impede a ligação da proteína VEGF (do inglês: Vascular Endothelial Growth Factor - Fator de Crescimento Vascular Endotelial), aumentada na DMRI, com seu receptor específico, impedindo assim a continui- dade da sinalização que promove o crescimento dos novos vasos sanguíneos, provocando a diminuição de fluído e sangramentos. É dessa forma que a terapia melhora a visão de pacientes com DMRI úmida. O medicamento é aplicado por meio de injeção intravítrea e deve ser utilizado uma vez por mês, durante um período inicial de três meses consecutivos. Após essa etapa, as injeções devem ser administradas a cada dois meses, ou conforme orientação do médico, o que representa uma vantagem significativa em relação ao tratamento padrão atual que depende de exames e visitas de acompanhamento todos os meses.
"Na verdade, o tratamento da DMRI é um dos capítulos mais fantásticos da mo- derna oftalmologia. Há alguns anos, a cegueira batia à porta dos pacientes que sofriam da doença da forma úmida. Com as drogas antiangiogênicas, abriram-se novas perspectivas na prevenção da cegueira", afirma o Dr. Marcos Ávila, profes- sor titular da Universidade Federal de Goiás e chefe do Departamento de Retina e Vítreo do Centro Brasileiro de Cirurgia de Olhos (CBCO).PESQUISA BRASIL: SAÚDE OCULAR NA 3a IDADE
DOENÇA PERMANECE DESCONHECIDA PELA POPULAÇÃO
De acordo com o levantamento inédito realizado este ano pela Sociedade Bra- sileira de Retina e Vítreo, apoiado pela Bayer, com 4.030 pessoas (homens e mulheres) acima dos 35 anos em Recife, Porto Alegre, Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro, 79% dos entrevistados nunca ouviram falar em degeneração macular relacionada à idade.
“Trata-se de uma pesquisa muito importante, uma vez que demonstra grande desconhecimento da doença, que é a maior causa de cegueira após 65 anos”, alerta o Dr. Walter Takahashi, professor associado e chefe do Serviço de Retina e Vítreo do Departamento de Oftalmologia da USP e presidente da Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo.
Outro dado que chama a atenção é que, entre os participantes do levantamento, apenas 23% consultam um oftalmologista uma vez por ano e 11% nunca se con- sultaram com este tipo de especialista. Além disso, 71% dos entrevistados afir- maram ter algum problema de visão, sendo que 55% dessas pessoas não sabem especificar qual seria esse problema. Entre os que sabem qual é seu problema de visão, a catarata foi mais citada, com 16%, e a DMRI pontuou apenas 3%.
Quando perguntados se conheciam algum idoso que perdeu a visão, 61% afirma- ram que sim, e, nesse caso, a DMRI foi apontada por 4% dos entrevistados como sendo a causa da perda da visão desses idosos. Em relação ao histórico familiar, 59% dos entrevistados afirmaram que seus pais ou avós tiveram problemas de visão na terceira idade. Glaucoma e descolamento de retina representam 89%
dos problemas citados, desconsiderando aqueles que alegaram não saber a razão desses problemas de visão. Quando perguntados sobre o que seria a DMRI, somen- te 6% dos entrevistados relacionaram a doença a uma mancha no centro de visão, enquanto outros 4% dos entrevistados relacionaram a doença à cegueira.
Um dado interessante é que 54% dos entrevistados não relacionam o fumo à perda de visão. No entanto, o tabagismo aumenta em duas vezes a chance de se desenvolver a DMRI. Sobre outros fatores de risco, 26% não sabiam citar ne- nhum, 13% responderam diabetes, 10% pressão alta e 9% aumento da pressão ocular. Apenas 9% indicaram injeção no olho como tratamento para a doença.Segundo o Dr. Takahashi, isso demonstra que são necessárias campanhas de in- formação para a existência dessa doença que pode ceifar a visão das pessoas. “O conhecimento prévio da doença é fundamental para que o paciente procure o oftalmologista o mais rápido possível. Na fase inicial, é possível controlar a perda de visão com medicações aplicadas no olho. Daí a importância de campanhas governamentais e também por parte da imprensa para se divulgar a existência dessa doença e formas de identificar baixa da visão”, diz o especialista.
O tratamento com o aflibercepte pode ser feito por idosos que apresentam a degeneração macular relacionada à idade, doença que afeta entre 25 e 30 milhões de pessoas no mundo.
Acaba de chegar ao mercado brasileiro um novo tratamento para a Degenera- ção Macular Relacionada à Idade (DMRI) na forma úmida: o Eylia® (aflibercepte), desenvolvido pela Bayer HealthCare Pharmaceuticals em conjunto com a Regeneron Pharmaceuticals.
A DMRI é uma doença associada ao envelhecimento que reduz gradualmente a visão central, que é justamente aquela que confere nitidez e fixação das imagens. Apesar da falta de conhecimento sobre a DMRI, esta doença é a primeira causa de cegueira em pacientes de 50 anos ou mais em países industrializados1 e afeta entre 25 e 30 milhões de pessoas em todo o mundo2.
O novo medicamento combate a DMRI úmida, a forma mais séria e grave de DMRI, que se caracteriza pelo crescimento anormal de vasos sanguíneos, os quais pro- duzem extravasamento de sangue e fluído na mácula (parte da retina responsável pelo foco na visão). A DMRI úmida é associada a uma deterioração na qualidade de vida, isolamento social, depressão clínica, aumento do risco de acidentes como quedas e fraturas de quadril e a uma entrada prematura nos centros médicos.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que a DMRI úmida afete 3 mi- lhões de pessoas em todo o mundo, representando 8,7% de todos os casos de cegueira e 50% dos casos de cegueira em países industrializados. As projeções da OMS duplicam esta cifra para o ano de 2020, à medida que a população dos países industrializados envelheça.
Eylia® é o primeiro medicamento da Bayer – que este ano completa 150 anos de existência no mundo – na área de oftalmologia e já está aprovado em diversos países, incluindo Estados Unidos, Austrália, Colômbia, Suíça, União Europeia, Japão e também o Brasil. O medicamento foi aprovado após a conclusão dos estudos clínicos pivotais VIEW 1 e 2. O primeiro estudo foi realizado na América do Norte (EUA e Canadá) e o segundo na União Europeia, América Latina e Ásia. Ambos os estudos recrutaram mais de 2.400 pacientes avaliando a segurança
e a eficácia do aflibercepte no tratamento da degeneração macular relacionada à idade em sua forma úmida. Nestes estudos, todos os braços de aflibercepte atingiram o resultado de não-inferioridade em comparação com o tratamento padrão atual, o ranibizumabe.EYLIA® É UM MEDICAMENTO BIOLÓGICO
Conhecido como anti-VEGF, Eylia® impede a ligação da proteína VEGF (do inglês: Vascular Endothelial Growth Factor - Fator de Crescimento Vascular Endotelial), aumentada na DMRI, com seu receptor específico, impedindo assim a continui- dade da sinalização que promove o crescimento dos novos vasos sanguíneos, provocando a diminuição de fluído e sangramentos. É dessa forma que a terapia melhora a visão de pacientes com DMRI úmida. O medicamento é aplicado por meio de injeção intravítrea e deve ser utilizado uma vez por mês, durante um período inicial de três meses consecutivos. Após essa etapa, as injeções devem ser administradas a cada dois meses, ou conforme orientação do médico, o que representa uma vantagem significativa em relação ao tratamento padrão atual que depende de exames e visitas de acompanhamento todos os meses.
"Na verdade, o tratamento da DMRI é um dos capítulos mais fantásticos da mo- derna oftalmologia. Há alguns anos, a cegueira batia à porta dos pacientes que sofriam da doença da forma úmida. Com as drogas antiangiogênicas, abriram-se novas perspectivas na prevenção da cegueira", afirma o Dr. Marcos Ávila, profes- sor titular da Universidade Federal de Goiás e chefe do Departamento de Retina e Vítreo do Centro Brasileiro de Cirurgia de Olhos (CBCO).PESQUISA BRASIL: SAÚDE OCULAR NA 3a IDADE
DOENÇA PERMANECE DESCONHECIDA PELA POPULAÇÃO
De acordo com o levantamento inédito realizado este ano pela Sociedade Bra- sileira de Retina e Vítreo, apoiado pela Bayer, com 4.030 pessoas (homens e mulheres) acima dos 35 anos em Recife, Porto Alegre, Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro, 79% dos entrevistados nunca ouviram falar em degeneração macular relacionada à idade.
“Trata-se de uma pesquisa muito importante, uma vez que demonstra grande desconhecimento da doença, que é a maior causa de cegueira após 65 anos”, alerta o Dr. Walter Takahashi, professor associado e chefe do Serviço de Retina e Vítreo do Departamento de Oftalmologia da USP e presidente da Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo.
Outro dado que chama a atenção é que, entre os participantes do levantamento, apenas 23% consultam um oftalmologista uma vez por ano e 11% nunca se con- sultaram com este tipo de especialista. Além disso, 71% dos entrevistados afir- maram ter algum problema de visão, sendo que 55% dessas pessoas não sabem especificar qual seria esse problema. Entre os que sabem qual é seu problema de visão, a catarata foi mais citada, com 16%, e a DMRI pontuou apenas 3%.
Quando perguntados se conheciam algum idoso que perdeu a visão, 61% afirma- ram que sim, e, nesse caso, a DMRI foi apontada por 4% dos entrevistados como sendo a causa da perda da visão desses idosos. Em relação ao histórico familiar, 59% dos entrevistados afirmaram que seus pais ou avós tiveram problemas de visão na terceira idade. Glaucoma e descolamento de retina representam 89%
dos problemas citados, desconsiderando aqueles que alegaram não saber a razão desses problemas de visão. Quando perguntados sobre o que seria a DMRI, somen- te 6% dos entrevistados relacionaram a doença a uma mancha no centro de visão, enquanto outros 4% dos entrevistados relacionaram a doença à cegueira.
Um dado interessante é que 54% dos entrevistados não relacionam o fumo à perda de visão. No entanto, o tabagismo aumenta em duas vezes a chance de se desenvolver a DMRI. Sobre outros fatores de risco, 26% não sabiam citar ne- nhum, 13% responderam diabetes, 10% pressão alta e 9% aumento da pressão ocular. Apenas 9% indicaram injeção no olho como tratamento para a doença.Segundo o Dr. Takahashi, isso demonstra que são necessárias campanhas de in- formação para a existência dessa doença que pode ceifar a visão das pessoas. “O conhecimento prévio da doença é fundamental para que o paciente procure o oftalmologista o mais rápido possível. Na fase inicial, é possível controlar a perda de visão com medicações aplicadas no olho. Daí a importância de campanhas governamentais e também por parte da imprensa para se divulgar a existência dessa doença e formas de identificar baixa da visão”, diz o especialista.
Quando observado o recorte regional, o médico chama atenção para o fato de que em São Paulo, Recife e Brasília, 40% vão ao oftalmologista 1 vez em 2 anos. Em Porto Alegre menos de 1/3 vai ao oftalmologista em 1 ano e no Rio de Ja- neiro, 27% vão só se tiverem um problema ocular.
A Revista Terceira Idade esteve no lançamento em Sao Paulo do novo medicamento Eylia a convite da Bayer.