ESPORTE RADICAL NA TERCEIRA IDADE

A senhora que está sendo estudada por cientistas porque,
apesar da idade, seus músculos parecem não sentir a passagem do tempo. Esportes de aventura e 3ª idade, por que não? Estamos diante de um fenômeno recente em pleno processo de incorporação na vida social. Por conseqüência são poucos os estudos nessa área, tendo a ausência de uma conceituação precisa.

A mais aceita é Esportes de Aventura, por bem sinalizar o espírito que norteia a busca de sensações e emoções junto à natureza. E pode ser proporcionado ao idoso e ao deficiente esse sentimento de integração com o meio ambiente.
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Os esportes de aventura na natureza tendem, por definição, a buscar áreas praticamente intocadas: picos elevados, vertentes íngremes, cavernas, ambientes submarinos, vales em garganta, corredeiras e cachoeiras. O Brasil, neste aspecto, oferece múltiplas possibilidades territoriais, fato reconhecido mundialmente através de sites de agencias internacionais. A diversidade de paisagens e o clima ameno se inscrevem no rol de atrativos da natureza brasileira. E a região do Triangulo Mineiro se enquadra nesse aspecto de grandes riquezas naturais, típicas do cerrado brasileiro.

Já existem praticantes idosos de alguns esportes como mergulho, pára-quedismo e a própria ida para uma pescaria na margem de um rio, pode ser considerado um esporte radical (trekking), e quem disse que ir a pé de Uberlândia a Romaria não é aventura/radical, em Santa Catarina tem-se exemplo de um grupo de cegos que praticam rapel entre outras modalidades radicais. É claro que devem ser estudadas e realizadas adaptações para a pratica dos idosos em determinados esportes com maior índice de risco, diminuindo assim a incidência de acidentes, visando acima de tudo à integração com a natureza e a quebra da rotina urbana estressante.
Existem vários esportes que podem ser praticados por pessoas da terceira idade, desde que feitas algumas adaptações: camping (acampamento); trekking (terreno pouco acidentado); corrida de orientação (caminhada); bóia-cross (rio calmo); mergulho; rafting (rio calmo); rapel; etc.

Os esportes de aventura possibilitam a melhora da auto-estima, diminuem também o estresse e conseqüentemente a incidência de depressão, muito comum entre os idosos, além de proporcionar a prática de uma atividade física, mantendo o funcionamento do metabolismo ativo, retardando os problemas natos do envelhecimento.

Portanto os esportes de aventura estão aí, prontos para serem praticados, restam romper alguns paradigmas da sociedade e começar, desde que bem assessorados por profissionais qualificados nas áreas de Educação Física e Terceira Idade e Esportes de Aventura, tendo assim todo o suporte técnico necessário para a prática desses esportes na natureza, respeitando os limites e individualidades de todos.

Juliano Nazari (26 anos),
Professor da ESEBA-UFU e
Praticante de Esportes de Aventura.